“Irmãos no Irã enfrentam perseguição: Ore por liberdade e força em Cristo”

Queridos irmãos e irmãs em Cristo, Em um mundo marcado por provações

A casa de Javad Amani foi invadida para confiscar Bíblias e literatura cristã/Foto: Reprodução Portas Abertas

Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

Em um mundo marcado por provações e tribulações, a perseguição aos nossos irmãos cristãos, especialmente aqueles no Oriente Médio, se torna uma realidade que, muitas vezes, esquecemos de encarar de frente. Não é fácil lidar com o sofrimento alheio, principalmente quando ele parece tão distante de nossa vivência diária. Porém, somos chamados a ser vigilantes, a estar alertas às necessidades da igreja global, principalmente às necessidades daquelas vidas que, como a nossa, foram redimidas por Cristo. E, ao refletirmos sobre os desafios enfrentados por muitos, como Javad Amini, cristão de origem muçulmana no Irã, somos desafiados a fortalecer a nossa fé, a coragem e a compreensão de nossa missão como discípulos de Cristo.

Javad, um homem simples, mas profundamente fiel, foi preso, junto a outros cristãos, pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, em 17 de novembro. Acusado de crimes como “propagar uma religião contrária ao Islã” e “colaborar com governos estrangeiros”, Javad teve sua liberdade restringida, mas não a sua fé. Ele foi libertado sob fiança, após 10 dias de prisão, mas isso não significou uma vitória definitiva. Javad e outros cristãos em sua situação enfrentam uma constante vigilância, uma pressão psicológica impiedosa e, frequentemente, uma vida marcada por intervenções violentas e humilhantes das autoridades. Bíblias foram confiscadas, materiais cristãos apreendidos, e, mais doloroso ainda, a esposa de Javad sofreu uma série de torturas psicológicas.

As autoridades não param por aí. Outros cristãos, como Jahangir Alikhani, Hamed Malamiri e Gholam Eshaghi, enfrentaram tormentos físicos e psicológicos. Forçados a renunciar à fé, ameaçados com penas ainda mais severas, esses irmãos são levados ao limite de sua resistência. Suas provas são profundas, seus testemunhos, contudo, são ainda mais poderosos. Eles não se dobraram diante da pressão. Eles não cederam à tentação de renunciar àquele que morreu por eles. Mas, como podemos deixar de pensar: e nós? Estamos dispostos a sustentar nossa fé diante das mínimas adversidades? O que temos feito para interceder por aqueles que, todos os dias, enfrentam a morte e a prisão por causa de Cristo?

É impossível ignorar o peso que a perseguição tem sobre esses cristãos no Irã. Muitos, como Javad, são forçados a viver no anonimato, temendo por suas vidas e de suas famílias, apenas para manter sua fé intacta. As autoridades afirmam proteger as minorias religiosas, mas a realidade é outra. No Irã, a fé cristã é vista como uma ameaça ao regime islâmico, e qualquer cristão de origem muçulmana se torna um alvo. Não há liberdade para manifestar publicamente a fé cristã, e o custo de segui-la é, muitas vezes, a morte ou a prisão. A acusação contra Javad, por exemplo, baseou-se na simples posse de literatura cristã e no esforço de ensinar a Palavra de Deus. Isso não é algo novo para aqueles que vivem sob regimes opressores, mas é algo que não podemos deixar de clamar por mudança, por justiça.

Neste Natal, enquanto celebramos a liberdade que temos de adorar ao Senhor em paz, não podemos deixar de lembrar de nossos irmãos que não podem fazer o mesmo. Cada oração, cada ato de compaixão, cada palavra de conforto que compartilhamos com os cristãos perseguidos no Oriente Médio, é um reflexo de nossa unidade no Corpo de Cristo. Por isso, te convido, querido irmão, a se unir em oração por Javad e sua esposa Farzaneh. Clamemos pela restauração de seus corações e mentes, pela libertação dos que ainda estão presos, e pela renovação da força espiritual para todos os cristãos do Irã que enfrentam o temor e a dor todos os dias.

Clamemos também por aqueles que, como Jahangir, Hamed e Gholam, foram torturados física e psicologicamente. Que Deus os restaure por completo. Que Ele traga conforto para seus corpos e almas. E que, em sua dor, eles possam sentir a presença de Deus de maneira real, que a paz de Cristo, que excede todo entendimento, inunde seus corações.

Ao mesmo tempo, devemos orar por uma mudança radical no Irã, para que as autoridades finalmente respeitem os direitos de adorar e seguir a Cristo livremente. Não podemos ficar em silêncio diante da opressão. Devemos interceder para que a igreja secreta no Irã, apesar de seus desafios diários, continue a florescer, levando a esperança e o evangelho a muitos que ainda estão nas trevas.

Meu amado irmão, que neste Natal, ao se reunir com seus entes queridos, você se lembre de que a verdadeira celebração é saber que, como corpo de Cristo, somos chamados a interceder uns pelos outros, a fortalecer uns aos outros na fé. Assim como Javad e tantos outros continuam firmes na sua jornada com Cristo, que também nós sejamos firmes, fiéis e prontos para apoiar a igreja perseguidora com nossas orações, nosso amor e nosso compromisso.

Lembre-se: o que fazemos em secreto diante de Deus não passa despercebido. Cada ato de fé, cada oração, cada sacrifício, são um reflexo da glória de Deus sendo manifestada em nossas vidas. E, enquanto nosso coração se entristece pela dor de nossos irmãos no Irã, também nos alegraremos com a certeza de que Deus está em controle de tudo. Ele é fiel, e Sua justiça será feita. Ele é o defensor dos oprimidos, e aqueles que sofrerem por Sua causa, um dia, ouvirão a Sua voz, dizendo: “Bem feito, bom e fiel servo”. E isso é algo pelo qual vale a pena viver e lutar.

Portanto, ao olharmos para a vida de Javad, Farzaneh, e tantos outros que sofrem em silêncio, sejamos desafiados a viver com uma fé mais profunda, mais sincera e mais comprometida. Que possamos nos lembrar, a cada dia, de que somos uma igreja universal, um corpo unido por Cristo, e que, embora separados por milhas, nossas orações podem mover montanhas e transformar realidades.

Com informações Portas Abertas

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Romanos 13:1-2

1 Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. 2 Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se opondo contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.

Isaías 10: 1-3

1 Ai daqueles que promulgam leis iníquas, e todos que elaboram decretos opressores, 2 a fim de privar os pobres dos seus direitos e evitar que os oprimidos do meu povo tenham pleno acesso à justiça, transformando as viúvas em presas de suas ambições e despojando os órfãos! 3 Pois bem, que fareis no Dia do Castigo, quando a destruição vier de um lugar distante, mas certeira? A quem correreis em busca de abrigo e socorro, onde deixareis as vossas riquezas,…

Leandro G. Veras

Cartas Gospel

Alcançado pelo evangelho de Jesus Cristo em 1979 e, desde então, apaixonado pela Palavra de Deus.  Compromisso é comunicar a Verdade com amor e convicção, inspirando e esperança em Cristo.

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