
Querido irmão e amigo em Cristo,
O que você pensa quando se depara com uma situação em que a fé é desafiada de maneira tão aberta e intrínseca à nossa sociedade? E mais: como devemos lidar com uma questão em que até o simples direito de celebrar a nossa crença se torna um campo de batalha entre a verdade divina e as forças que tentam diminuir a influência do Evangelho na nossa vida cotidiana? O que dizer, então, quando até um evento religioso, dedicado a louvar a Deus, é confrontado por questões jurídicas e legais que visam, na verdade, anular nossa liberdade religiosa?
Foi o que aconteceu recentemente em Zé Doca, no Maranhão. A Prefeitura local, em uma atitude que muitos consideram uma demonstração de coragem, substituiu o tradicional carnaval por um evento gospel. De 1º a 4 de março, a cidade seria palco de um festival que buscava exaltar a fé cristã, trazendo não só música, mas também momentos de adoração e reflexão. Porém, logo após o anúncio dessa decisão, a cidade se viu envolvida em um imbróglio jurídico: uma ação popular foi movida contra o evento, alegando que ele violava a Constituição ao eleger uma única religião, no caso o cristianismo, para a celebração oficial da cidade. Para piorar, o pedido inclui a restituição de verbas públicas, alegando que o uso de dinheiro público para financiar artistas gospel seria um ato de “má gestão” ou “malversação”.
Essa ação, movida por Jean Menezes de Aguiar, e os argumentos que a sustentam, têm levantado uma discussão acirrada em torno do direito de se viver a fé cristã de maneira plena. O advogado, em seu pedido, clama que a escolha de um evento gospel viola a ideia de que o Estado deve ser neutro em questões religiosas, o que, para nós, cristãos, soa como um ataque direto ao direito de exaltar o nome de Cristo, um direito constitucional e imensuravelmente importante para todos os que O servem.
Mas antes de entrar nos detalhes jurídicos, quero convidá-lo, meu irmão, a refletir sobre algo muito mais profundo: qual o verdadeiro papel da Igreja e da fé no coração da sociedade? Será que a ação contra um festival gospel em uma cidade do interior do Maranhão reflete apenas uma disputa política e jurídica, ou há algo mais acontecendo ali? Será que, no fundo, a raiz dessa resistência está no temor do poder transformador do Evangelho? Quando o mundo começa a perceber que a fé genuína transforma vidas, é natural que ele reaja com resistência.
Às vezes, me pergunto: o que está por trás dessa resistência crescente contra os movimentos cristãos, contra a música gospel, contra os pregadores da Palavra e, em última análise, contra a própria manifestação pública da nossa fé? Será que o mundo não está tentando nos calar porque teme o poder de Deus? O simples fato de uma cidade no Brasil se arriscar a dar protagonismo a um evento de louvor a Deus parece provocar uma reação que vai além da lógica jurídica. Algo mais profundo está em jogo.
O pedido do advogado que moveu a ação, ao dizer que um evento gospel cria uma “distinção entre brasileiros”, me faz refletir sobre o quanto o Evangelho nos chama para a unidade. De fato, o Evangelho é a única mensagem que une povos de diferentes culturas, raças e origens. A fé cristã não é apenas para os que já conhecem o Senhor; ela deve alcançar todos os povos, sem exceção. A distinção que o advogado tenta levantar é uma tentativa de dividir, quando, na verdade, o Evangelho visa reunir.
Lá em Efésios 2:14, o apóstolo Paulo nos lembra que Cristo “é a nossa paz, que de ambos fez um”. Ele nos uniu e nos reconciliou com Deus, e, assim, devemos ser instrumentos dessa reconciliação. Não há divisão entre judeus e gentios quando estamos em Cristo. Não há lugar para separação entre irmãos, mas um convite para que todos venham à mesa da graça e desfrutem da plenitude da vida que Cristo oferece. Então, meu irmão, quando vemos a resistência de certos grupos em relação a um evento gospel, devemos lembrar que o Evangelho sempre foi motivo de contenda para os que rejeitam a verdade. O próprio Cristo foi rejeitado pelos homens, mas Ele não se calou. Ele continuou a pregar, a curar, a amar.
A música gospel, os festivais de louvor, são uma forma de testemunho da nossa fé. Não é só uma celebração musical, mas uma manifestação do poder de Deus em nossas vidas. Não se trata apenas de entretenimento, mas de um ato profundo de adoração. E isso é algo que precisamos compreender com todo o nosso ser. A cada acorde, a cada letra, o nosso coração é elevado a Deus, e mais importante ainda, os nossos corações são transformados. Transformação, meu irmão, é a chave para tudo o que fazemos. Quando as pessoas participam de eventos como esse, não estão apenas ouvindo música; elas estão sendo impactadas por uma verdade que tem o poder de mudar destinos.
Eu sei que muitos olham para o investimento de dinheiro público e questionam se ele deveria ser usado para um evento gospel. O que precisamos lembrar, no entanto, é que a nossa fé e a nossa cultura cristã sempre foram fundamentais para a formação da nossa identidade como nação. O Evangelho tem sido, ao longo dos séculos, uma força propulsora de mudanças positivas no Brasil e no mundo. O impacto do cristianismo vai muito além dos eventos; ele está presente na educação, na saúde, na assistência social e em tantos outros campos. O cristão genuíno leva a transformação de Cristo para todos os lugares onde ele está. Portanto, se o Estado está de alguma forma financiando um evento que visa a edificação do corpo de Cristo e a transformação de vidas, talvez ele esteja cumprindo um papel nobre, ao contrário do que muitos imaginam.
Entendo, meu irmão, que o caminho não é fácil. O Evangelho nunca foi fácil de carregar. Foi isso que o próprio Cristo nos ensinou quando nos disse para tomar a nossa cruz e segui-Lo. Ser cristão em um mundo onde as forças do secularismo e do relativismo querem nos calar não é tarefa simples. Mas como Jesus nos disse em Mateus 5:14: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte”. E é essa luz que precisa brilhar, mesmo em face das dificuldades e dos desafios que surgem. O Evangelho deve ser proclamado com ousadia e amor.
Eu sei que, no fundo, todos nós desejamos que o Evangelho seja ouvido por todos. Não é um desejo de imposição, mas de amor, pois sabemos que é a única mensagem que pode verdadeiramente salvar as almas perdidas. E, no caso do Festival Gospel em Zé Doca, temos uma oportunidade de ser sal da terra e luz do mundo, mostrando que a fé cristã não é um obstáculo para a sociedade, mas um caminho para a paz e para a transformação.
Portanto, meu irmão, enquanto as autoridades se debatam com questões jurídicas e políticas, lembre-se de que a nossa missão vai além das disputas legais. A nossa missão é proclamar a verdade de Cristo, independentemente do que o mundo diga. O Evangelho é a única mensagem que pode transformar corações e salvar vidas. E, como cristãos, temos a responsabilidade de levar essa mensagem com ousadia e sem medo, pois sabemos que em Cristo temos a vitória.
Que o Senhor nos dê sabedoria, coragem e perseverança para continuar firmes na fé, proclamando o Evangelho em todos os lugares, e que eventos como o Festival Gospel em Zé Doca sejam apenas o começo de uma grande transformação em nossa nação.
Com amor em Cristo,
Com informações CNN Brasil