
A análise do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e suas escolhas políticas recentes, com foco na nomeação de Gleisi Hoffmann como Ministra das Relações Institucionais, reflete não apenas as tensões políticas e os dilemas eleitorais do Brasil, mas também os desafios profundos que se apresentam à luz dos princípios cristãos e da Palavra de Deus. Ao refletir sobre esse cenário, como um cristão conservador, é essencial que olhemos para a realidade política com discernimento, baseando-nos na verdade imutável das Escrituras Sagradas, que nos guiam com clareza e sabedoria.
O governo de Lula, ao fazer essa “guinada à esquerda”, conforme é descrito nas reportagens, não apenas reforça a sua agenda política, mas também se posiciona em um confronto ideológico que, de acordo com alguns analistas, pode prejudicar sua reeleição e ampliar a polarização no país. Este movimento, que tem sido criticado por afastar o presidente de possíveis alianças com o Centrão e pelo seu risco de isolar ainda mais o eleitorado, também serve como um reflexo de uma agenda que desconsidera princípios que são centrais para a moral cristã.
Primeiramente, como cristãos, devemos questionar as consequências das políticas que são adotadas por qualquer governo, especialmente quando elas envolvem questões fundamentais como a dignidade humana, a liberdade e a justiça social. A Bíblia é clara ao afirmar que devemos buscar a justiça e a verdade acima de todas as coisas. Em Provérbios 21:15, lemos que “a justiça que faz o justo se alegrar, mas a injustiça derruba o perverso”. E é isso que devemos observar nas ações do governo: elas promovem a justiça ou servem a interesses ideológicos que, ao contrário da verdade cristã, desconsideram os valores universais que devem ser defendidos por todo cristão?
A nomeação de Gleisi Hoffmann, uma figura fortemente alinhada ao espectro mais à esquerda, é uma estratégia que reflete a polarização crescente no país. O fato de ela ser apresentada como alguém capaz de dialogar com os diferentes setores, ao mesmo tempo em que mantém uma agenda de críticas contundentes à direita e um apoio fervoroso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e suas ações contra aqueles que são considerados opositores, levanta questões sobre qual tipo de liderança está sendo cultivada. Jesus nos ensinou a buscar a unidade, mas, ao mesmo tempo, nunca comprometer a verdade. No Evangelho de João 17:21, Jesus orou: “para que todos sejam um, assim como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti”. A polarização e a defesa cega de uma visão de mundo podem ser fontes de divisão, não de unidade. E isso é o oposto do que Cristo nos pediu.
Além disso, o contexto de popularidade em declínio e a dependência crescente de setores da esquerda para sustentar a governabilidade refletem uma falta de compromisso com princípios que se alinham com os valores cristãos de integridade e retidão. A Palavra de Deus nos chama a sermos justos e a buscar soluções que promovam o bem-estar de todos os cidadãos, não apenas de um grupo específico ou de uma agenda ideológica. Em Miquéias 6:8, é dito que “ele te declarou, ó homem, o que é bom, e o que o Senhor exige de ti: que practices a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.” Essa mensagem deve ser nossa guia para avaliar qualquer ação política: ela promove justiça? Ela busca a misericórdia e a unidade? Ela segue os caminhos da humildade?
A crítica ao governo de Lula por sua escolha ideológica e pela forma como ele se afasta de um centro político mais moderado levanta uma reflexão importante sobre o papel do cristão na sociedade. Como cristãos, temos a responsabilidade de ser sal e luz no mundo, de apontar para a verdade e lutar por um sistema que defenda a dignidade humana, a vida e a liberdade. Ao mesmo tempo, devemos ser cautelosos para não cair em uma postura de extremismo, seja à direita ou à esquerda, que apenas alimenta mais divisões e perpetua uma cultura de ódio e violência.
O apoio do governo a figuras como Gleisi Hoffmann, que se alinha com a ideia de um ativismo judicial e a defesa de políticas que, muitas vezes, favorecem uma visão secular e relativista, também deve ser observado com discernimento cristão. O ativismo judicial, que muitas vezes desconsidera a vontade popular e a lei natural, pode ser um grande obstáculo para a promoção de um sistema justo e equitativo. Em vez de buscar soluções dentro dos limites de um Estado de direito que promova o bem comum, ele acaba por forçar uma agenda que não reflete os valores morais que a Bíblia nos ensina.
Além disso, o apoio explícito de Gleisi Hoffmann e outros membros do PT a regimes autoritários e antidemocráticos, como o caso do apoio ao governo de Nicolás Maduro, é uma clara violação dos princípios cristãos de liberdade e justiça. Em Romanos 13:1-2, somos instruídos a nos submeter às autoridades, pois elas são instituídas por Deus. No entanto, esse princípio não é uma justificativa para apoiar regimes que oprime os direitos humanos e violam a dignidade dos cidadãos. Os cristãos devem ser os primeiros a levantar sua voz contra as injustiças e a corrupção, promovendo uma visão de governo que respeite a liberdade de expressão e os direitos fundamentais do ser humano.
Finalmente, como cristãos, devemos refletir sobre o impacto que as escolhas políticas têm sobre a família e a sociedade como um todo. A política não é apenas uma questão de números ou de uma disputa pelo poder, mas deve ser uma busca pelo bem comum e pela edificação de uma sociedade justa e honrada perante Deus. Quando líderes políticos adotam uma postura que ignora os valores cristãos fundamentais, como a proteção da vida, a promoção da família e a preservação da liberdade religiosa, devemos ser vigilantes e sempre avaliar as ações do governo à luz das Escrituras.
Em meio à polarização e ao aumento das tensões políticas, devemos nos lembrar de que nosso papel como cristãos não é apenas observar, mas também agir com sabedoria, discernimento e amor. Nossa responsabilidade é orar pelos líderes e buscar, com coragem, a verdade que nos foi revelada por Deus. Como está escrito em 1 Timóteo 2:1-2, devemos “exortar, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão em autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada, em toda a piedade e honestidade.”
Portanto, ao refletirmos sobre a escolha de Lula por Gleisi Hoffmann e a guinada à esquerda do governo, que possamos agir com sabedoria, mantendo-nos firmes nos princípios da Palavra de Deus. Que busquemos, em todas as situações, a justiça, a misericórdia e a humildade, para que, em nossa caminhada, possamos ser verdadeiros representantes do Reino de Deus, sem nos deixar arrastar pelas correntes da polarização e do extremismo.
Com informações Gazeta do Povo