
Meus amados leitores, amigos e irmãos em Cristo,
Hoje, mais uma vez, somos chamados a refletir sobre os rumos do mundo e as decisões que podem afetar não apenas as nações envolvidas diretamente, mas também todos aqueles que almejam a verdade, a liberdade e a justiça. O Equador, uma terra de beleza exuberante e história rica, encontra-se em um momento decisivo, onde alianças políticas e econômicas podem determinar o futuro de sua soberania e segurança.
O presidente equatoriano, Daniel Noboa, em sua busca por estabilidade e crescimento, tem explorado possibilidades que vão desde um acordo de livre comércio com os Estados Unidos até a possível implantação de uma base militar norte-americana em seu território. Para aqueles que compreendem a história e enxergam os desdobramentos de longo prazo, essa decisão merece uma análise profunda, pois trata-se de uma mudança estratégica de enormes proporções.
Como cristãos, sabemos que os governantes têm a responsabilidade de conduzir suas nações com sabedoria e discernimento. Romanos 13:1 nos ensina que “não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram ordenadas por Ele”. Contudo, essa passividade não significa que devemos aceitar qualquer decisão sem questionar suas consequências.
O Equador, um país marcado por desafios de segurança pública e um avanço do crime organizado, busca apoio externo para conter essa crescente crise. O governo de Noboa propôs uma colaboração com Erik Prince, o fundador da polêmica empresa Blackwater, e agora cogita permitir a presença de forças estrangeiras em seu solo. Tal decisão pode representar um reforço à segurança do país, mas também levanta questões sobre a real soberania do Equador diante dos desígnios de potências estrangeiras.
Historicamente, o EUA mantiveram bases militares em território equatoriano. Durante a Segunda Guerra Mundial, uma instalação foi montada nas Ilhas Galápagos. Posteriormente, outra base continental foi fechada em 2009 por decisão do então presidente Rafael Correa, que via a presença militar norte-americana como uma ameça à independência nacional. Agora, passadas mais de duas décadas, o país pode estar prestes a reviver essa parceria, desta vez em um contexto de guerra contra o narcoterrorismo e fortalecimento de laços diplomáticos e comerciais.
A verdade, caros irmãos, é que estamos vivendo tempos complexos. Vemos um mundo em turbulência, nações em crise, valores sendo distorcidos e um crescente afastamento de Deus nas decisões políticas. Em meio a tudo isso, precisamos lembrar que “feliz é a nação cujo Deus é o Senhor” (Salmos 33:12). Toda nação que se entrega ao controle de forças estranhas sem buscar primeiro a vontade do Senhor corre o risco de se perder em suas próprias escolhas.
Entendemos a necessidade de estabilidade econômica e segurança, mas até que ponto entregar parte do território para o controle estrangeiro é a solução correta? Como cristãos e conservadores, defendemos a soberania dos povos e o direito de cada nação decidir seu próprio futuro sem interferências que possam comprometer sua identidade e autonomia.
O Equador também busca um acordo de livre comércio com os Estados Unidos, algo que seus vizinhos Colômbia e Peru já possuem há anos. Um acordo dessa magnitude pode trazer benefícios econômicos consideráveis, mas é fundamental que se faça sob condições justas, que não imponham amarras ou comprometam a liberdade do povo equatoriano. Muitas vezes, acordos comerciais vêm acompanhados de exigências que impõem mudanças nos valores culturais e morais, algo que deve ser analisado com cautela.
Sabemos que o presidente Donald Trump tem uma abordagem pragmática nas relações exteriores. Diferente de muitos políticos tradicionais, ele não hesita em usar o poder de barganha para garantir que os Estados Unidos saiam beneficiados em qualquer negociação. Se o Equador deseja uma parceria com essa administração, deve estar preparado para exigir respeito à sua soberania e não apenas se sujeitar às condições impostas.
No cenário político interno, Noboa enfrenta uma eleição apertada contra Luisa Gonzalez, aliada de Rafael Correa e representante da ala esquerdista do país. Gonzalez é contrária à presença militar estrangeira e defende um aumento do gasto social para combater a criminalidade. Contudo, todos sabemos que medidas puramente assistencialistas, sem um forte plano de combate ao crime, só fortalecem a criminalidade, algo que temos testemunhado em diversas nações da América Latina.
Diante desse contexto, qual deve ser a nossa postura como cristãos? Devemos orar pelo Equador, interceder por suas lideranças e pedir a Deus que conceda sabedoria para que as decisões tomadas sejam justas e alinhadas com Sua vontade. Oremos também para que a América Latina desperte e compreenda que a segurança, a soberania e a prosperidade de um país devem ser construídas sobre princípios sólidos, que respeitem a dignidade de seu povo e sua identidade nacional.
Que possamos seguir firmes em nossa fé, buscando sempre a verdade e confiando que Deus tem o controle sobre todas as nações. “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3:5-6).
Que Deus abençoe o Equador, a América Latina e o mundo, para que a Sua justiça e paz prevaleçam.
Em Cristo,
Com informações Reuters