Queridos leitores do Cartas Gospel,
Hoje, enquanto refletimos sobre os acontecimentos geopolíticos que moldam o nosso mundo, é importante lembrar que nossa fé cristã nos ensina a discernir as questões à luz da Palavra de Deus. O que está acontecendo no Oriente Médio, especialmente no Iémen, nos chama a uma reflexão profunda sobre a verdadeira natureza das motivações humanas e os desafios que enfrentamos como cristãos em um mundo cada vez mais volátil e em conflito. O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, recentemente afirmou que os houthis no Iémen, um grupo militante xiita, agem de forma independente e que o Irã não os controla. Essa declaração, por si só, revela uma realidade que precisamos compreender com clareza.
Nosso mundo está longe de ser perfeito, e enquanto vivemos em um contexto de tensões geopolíticas, somos chamados a agir com sabedoria e compreensão. O Irã, como muitas nações e organizações, busca afirmar sua influência no Oriente Médio, alinhando-se com grupos que compartilham de sua ideologia e estratégias. O conflito envolvendo os houthis é um exemplo clássico disso, com suas motivações principalmente internas, mas também conectadas aos interesses do Irã em sua luta contra a presença ocidental e israelense na região.
Em nossas orações, devemos lembrar da importância de pedir a Deus para nos dar discernimento em meio a essas complexas situações. Como cristãos, sabemos que a verdadeira paz vem de Deus e que Ele tem o controle sobre todas as coisas. A Palavra nos ensina que a paz que excede todo entendimento só pode ser encontrada em Cristo, e não nos alinhamentos de poder humano, seja ele político ou militar. O que os líderes mundiais, como Khamenei, não compreendem é que o Senhor governa as nações, e Ele é o único que pode trazer verdadeira paz à Terra.
Devemos também reconhecer que enquanto algumas dessas potências lutam pela supremacia e pelo domínio, Deus tem um propósito maior em tudo isso. O apóstolo Paulo, em sua carta aos romanos, nos lembra que todas as autoridades são instituídas por Deus (Romanos 13:1). Isso nos desafia a confiar que, mesmo em meio a conflitos e adversidades, Deus está trabalhando em todas as coisas para o bem daqueles que O amam. O caos aparente no Oriente Médio é, em última instância, parte do plano soberano de Deus.
Como cristãos, não somos chamados a ignorar os problemas do mundo, mas a abordá-los com a sabedoria e a verdade que vêm de Deus. A declaração de Khamenei, ao afirmar que o Irã não precisa de representantes na região, mas que os houthis possuem suas próprias motivações, destaca um ponto crucial: muitos desses conflitos têm raízes profundas na luta pelo poder e na busca por controle. Mas, ao olharmos para essas situações, devemos perguntar: onde está o nosso papel como cristãos?
Estamos vivendo tempos em que as divisões políticas e religiosas são intensificadas, e é fácil ser levado a tomar partido de forma emocional. No entanto, devemos lembrar que nossa missão não é apenas apoiar um lado político ou militar, mas, antes de tudo, anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, que é a única resposta verdadeira para os problemas do mundo. Quando o presidente dos EUA responsabiliza o Irã pelos ataques realizados pelos houthis, ele está tratando de uma questão de poder e controle. Mas, enquanto isso, nós, como cristãos, devemos olhar para as raízes espirituais desses conflitos.
Os houthis no Iémen, embora inicialmente envolvidos em uma luta interna, têm sido usados como peões em um jogo geopolítico maior. Eles, como muitos outros grupos ao redor do mundo, lutam por poder e influência, movidos por ideologias e crenças que nem sempre refletem os princípios de paz e harmonia que Cristo ensina. Mas o que nos chama a atenção é que, por trás dessas motivações humanas, Deus está sempre presente. Em Sua soberania, Ele utiliza até mesmo os momentos de crise para cumprir Seus desígnios.
Devemos, então, olhar para o Oriente Médio com compaixão e oração. Não devemos apenas nos preocupar com o que está acontecendo em termos políticos, mas também em como podemos ser luz em um mundo que parece mergulhado na escuridão. A Bíblia nos exorta a orar pelos governantes e por aqueles em posições de autoridade (1 Timóteo 2:2), e isso inclui aqueles cujas ações podem parecer contra os princípios do Reino de Deus. Quando oramos por líderes como o aiatolá Khamenei e outros no Irã, não estamos apenas pedindo pela paz, mas também pela transformação dos corações. Só Deus pode mudar as motivações dos homens e trazer uma verdadeira revolução do coração.
A violência e os conflitos no Oriente Médio são reflexos da luta espiritual que acontece em um nível profundo. Ao nos unirmos em oração, devemos lembrar que o Evangelho é o único poder capaz de transformar vidas e corações. O mundo pode oferecer soluções temporárias, mas a paz que vem de Cristo é duradoura e imutável. Jesus nos disse que no mundo teremos aflições, mas Ele nos dá a Sua paz, que é diferente da paz do mundo (João 14:27). Em meio a esses conflitos, devemos ser portadores dessa paz.
Ao mesmo tempo, devemos estar atentos à realidade política em que vivemos, tanto no Brasil quanto no cenário internacional. O Irã e seus aliados no Oriente Médio, incluindo os houthis, representam uma força que se opõe aos princípios cristãos de liberdade e justiça. Porém, é importante lembrar que o cristianismo não se resume a uma luta de poder entre nações. Nossa luta é espiritual, e não devemos nos deixar dominar pela política, mas sim pela verdade de Deus. O confronto que vemos no Oriente Médio é uma consequência de um mundo caído, e cabe a nós, como cristãos, ser agentes de mudança por meio da pregação do Evangelho.
Em momentos de crise, somos chamados a ser uma voz de esperança. O Reino de Deus não é deste mundo, e isso deve nos inspirar a manter nossos corações e mentes focados nas coisas celestiais. Ao invés de nos rendermos ao medo ou à raiva, somos chamados a viver com confiança, sabendo que Deus está no controle. Ele usará até mesmo os eventos mais sombrios para glorificar o Seu nome e cumprir os Seus propósitos eternos.
A partir deste ponto, como cristãos, devemos estar firmes na fé e vigilantes em oração, conscientes de que o mundo está em constante agitação, mas que nossa esperança está em Cristo. Ele é a nossa Rocha, e nenhum conflito, por mais intenso que seja, pode abalar os fundamentos do Seu Reino. Continuemos a orar pelo Iémen, pelo Irã, por todos os países envolvidos em conflitos, e, principalmente, para que os corações dos governantes sejam tocados pela graça de Deus.
Nosso papel não é apenas observar passivamente, mas ser ativamente portadores da paz e da verdade de Cristo, levando a luz de Sua Palavra a todos os cantos do mundo, inclusive aos lugares mais sombrios. Em meio à guerra, à opressão e à dor, a esperança que temos em Cristo é a luz que brilha. Vamos viver como testemunhas dessa verdade, com coragem e fé, para que a paz de Deus, que excede todo entendimento, guarde nossos corações e mentes em Cristo Jesus.
Que a graça e a paz do Senhor estejam com todos vocês. Que possamos ser fiéis ao chamado que Ele nos fez, vivendo com coragem e determinação, anunciando a Sua verdade em todas as esferas da nossa vida.
Com informações Reuters
