
Queridos irmãos em Cristo,
Escrevo-vos hoje com o coração pesado, pois as trevas continuam a se espalhar em lugares onde a luz de Deus deveria resplandecer com mais força. Uma nova notícia vem à tona, trazida pela jornalista da Reuters, Catarina Demony, revela mais um escândalo de abuso dentro da Igreja da Inglaterra. O próprio ex-líder anglicano, Justin Welby, admitiu sua falha em garantir que as investigações sobre esses horrores fossem devidamente conduzidas. Irmãos, como podemos permitir que o nome de Cristo seja manchado por atos tão vis?
A Palavra de Deus nos ensina que “o juízo começa pela casa de Deus” (1 Pedro 4:17). Não há desculpas aceitáveis para o silenciamento ou a negligência diante de pecados tão atrozes. Vemos um sistema falido, onde líderes supostamente espirituais escolhem proteger instituições ao invés de defender os inocentes. Que tristeza, meus irmãos! Ao lermos que o arcebispo Welby sabia dessas acusações desde 2013 e apenas agora reconhece sua falha, como podemos não sentir um profundo desalento? Como permitiram que um predador, John Smyth, devastasse tantas vidas por quarenta anos sem uma intervenção efetiva?
Cristo nos advertiu contra os lobos em pele de cordeiro (Mateus 7:15). Esse escândalo nos lembra de que não basta pertencer a uma instituição religiosa para estar de fato comprometido com Cristo. A verdadeira Igreja não é feita de templos majestosos, cargos eclesiásticos ou de líderes renomados; a verdadeira Igreja é feita daqueles que seguem a Cristo com coração puro e sincero.
Nós, como cristãos conservadores, devemos denunciar tais horrores e reafirmar os valores do Evangelho. Não há lugar na Casa de Deus para aqueles que se aproveitam dos inocentes. O Senhor nos adverte: “Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e que fosse lançado ao mar” (Marcos 9:42).
O que temos visto hoje é a colheita do relativismo e da apatia espiritual que tomaram conta de muitas denominações pelo mundo. Líderes preocupam-se mais com opiniões políticas e com a aceitação da cultura do que com a santidade da Igreja. Quando deixamos de pregar o verdadeiro arrependimento e passamos a fazer concessões ao pecado, abrimos espaço para o maligno operar livremente.
A Igreja da Inglaterra, que já foi um bastião de fé, hoje se encontra imersa em escândalos e em alianças perigosas com os valores seculares. Vemos o mesmo acontecendo em diversas partes do mundo: igrejas que cedem ao politicamente correto, que deixam de lado a verdade para não ofender, que se dobram diante de agendas que negam os princípios bíblicos. Mas a Palavra de Deus nos chama a resistir firmemente, “guardando a fé e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé” (1 Timóteo 1:19).
Diante de tudo isso, irmãos, qual deve ser nossa resposta? Devemos lembrar que a verdadeira justiça pertence ao Senhor, mas Ele também nos chama a agir. Precisamos ser luz neste mundo de trevas, a voz profética que clama contra a injustiça. Devemos orar pelos que foram feridos, mas também devemos exigir responsabilidade e justiça.
E a você, querido irmão e irmã, lanço um desafio: que possamos ser igrejas vivas, que proclamem a santidade e a verdade, sem ceder aos ventos de doutrina que destroem a fé. Sejamos como os profetas do passado, que não temiam denunciar o erro e clamar pelo arrependimento. Que Cristo nos fortaleça para não nos calarmos diante das trevas que tentam engolir a Igreja do Senhor.
Com pesar e esperança em Cristo,
Com informações Reuters