Pastor André Valadão, da Igreja Lagoinha, escancara aliança com o mundo ao negociar com a Globo

Amado irmão, amada irmã em Cristo, Se há algo que os últimos

André Valadão, líder da Lagoinha Global: igreja negocia acordo com a Globo para transmissão de shows gospel – Reprodução/YouTube

Amado irmão, amada irmã em Cristo,

Se há algo que os últimos dias têm escancarado com clareza brutal é que o mundo jaz no maligno, como nos advertiu o apóstolo João (1 João 5:19). E quando o brilho das luzes midiáticas encontra os púlpitos, já não estamos mais diante de uma batalha entre carne e sangue — estamos diante do cumprimento de um evangelho que está sendo vendido, palco a palco, contrato a contrato.

Recentemente, veio a público, segundo matéria publicada pelo jornalista Gabriel Vaquer, da Folha de S.Paulo, que a Globo negocia com a Igreja Lagoinha Global, presidida por André Valadão, uma parceria para transmissão de shows gospel nos canais do conglomerado. Sim, você leu certo: shows gospel. Não cruzadas evangelísticas. Não cultos de libertação. Mas eventos que seguem a lógica do entretenimento — e que agora serão embalados por comerciais, lucros e patrocinadores.

Mas o que há de errado nisso? — muitos perguntarão, com o olhar já acostumado à mistura entre o sagrado e o profano. Ora, o problema está exatamente aí: acostumamos o santo com o comum. Misturamos o altar com o palco, o evangelho com a audiência, o Espírito com o algoritmo.

A Palavra é clara e imutável: “Ninguém pode servir a dois senhores” (Mateus 6:24). Mas o que vemos hoje é uma geração que tenta servi-los. Querem cantar louvores a Deus enquanto assinam contratos com quem há décadas se opõe abertamente aos valores do Reino. Querem “fortalecer o Reino”, como dizem, mas usando as ferramentas e estruturas de um mundo que já declarou guerra ao próprio Deus.

Amado irmão, leia com discernimento: a Globo não se aproxima da igreja por amor às almas. Ela se aproxima por amor aos números. A pesquisa do IBGE já afirmou que o Brasil será, até 2032, majoritariamente evangélico. O que isso significa para o sistema? Que há um novo mercado a ser explorado. E o mercado, diferente da missão, não busca a verdade — busca lucro.

Diante disso, pergunto a você: quantos líderes que deveriam ser atalaia na torre estão hoje abaixando suas lanças para estender tapetes vermelhos ao Egito? Quantos púlpitos ainda pregam contra o pecado quando o pecado se disfarça de contrato, de oportunidade ou de visibilidade? Quem ainda ousa dizer, como João Batista: “Raça de víboras!”, quando os fariseus modernos não vestem túnicas, mas sim paletós de CEO?

Veja, o mesmo André Valadão que comanda as negociações com a Globo — a mesma emissora que durante décadas zombou da fé cristã, que promoveu ideologias contrárias à Bíblia, que relativizou o pecado e riu da santidade — é também o fundador do Clava Forte Bank, como revelou reportagem do UOL.

Sim, você leu certo: agora temos um banco cristão. Com cashback ungido, cartão de crédito celestial e empréstimo para templos, o novo evangelho que se prega não é o do arrependimento, mas o da comodidade financeira com jargões espirituais. “Destravando o propósito financeiro do Reino”, dizem eles. Mas a Bíblia diz: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males” (1 Timóteo 6:10).

Amados, essa carta não é um ataque pessoal. Não se trata de nomes, mas de princípios. E os princípios do Reino são inegociáveis. O profeta Isaías bradou: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal” (Isaías 5:20). E o que estamos vendo hoje é exatamente isso: um sistema tentando vestir-se de cordeiro, mas falando como dragão.

É preciso entender que o mundo não nos odeia à toa. Jesus nos alertou: “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro do que a vós me odiou a mim” (João 15:18). Se o mundo começa a nos aplaudir, a nos dar palco, a nos dar contratos e visibilidade, precisamos parar e nos perguntar: que mensagem estamos pregando para sermos tão bem recebidos? O verdadeiro evangelho incomoda, confronta, expulsa os vendilhões do templo. O falso evangelho os convida para jantar.

Há um espírito de Babilônia rondando as igrejas. Um espírito de conformidade, de espetáculo, de vanglória. Em nome de “alcançar mais vidas”, estão vendendo a alma da igreja à estrutura que a oprimiu por décadas. Veja a ironia: a emissora que outrora censurava louvores, hoje lucra com eles. E os que deveriam denunciar isso, se calaram.

Os santos de Deus que vieram antes de nós — mártires, missionários, profetas — foram mortos por não se curvarem ao sistema. Hoje, temos líderes que correm para beijar a mão de César. Quando foi que nos perdemos?

O mundo já é do maligno, como nos diz 1 João 5:19. E ele tem pressa. Pressa de contaminar o que ainda resta de pureza. Pressa de comprar os que ainda não se venderam. Pressa de transformar a fé em espetáculo, e o culto em programa de TV.

E onde está a igreja? Muitos estão adormecidos, entorpecidos por essa mistura de fama, dinheiro, aplausos e entretenimento disfarçado de adoração. É tempo de vigiar, irmãos. Porque a porta é estreita, o caminho é apertado, e poucos são os que entram por ele (Mateus 7:14). Poucos. Não multidões.

O apóstolo Paulo nos advertiu que nos últimos tempos haveria homens amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, desobedientes a Deus, com aparência de piedade, mas negando o seu poder (2 Timóteo 3). Hoje esses homens estão nos púlpitos, nos palcos, nos bastidores das grandes mídias e até nos aplicativos financeiros.

Não sejamos ingênuos. O diabo não quer apenas que você peque. Ele quer que você se acostume com o pecado. Que ache normal assistir a um culto gospel transmitido por uma emissora que no próximo bloco promoverá ideologias anticristãs. Que ache normal um pastor falando de Jesus enquanto negocia com a serpente. Que ache normal transformar o altar em palco e o culto em show.

Mas não é normal. Nunca foi. Nunca será.

Jesus expulsou os cambistas do templo porque a casa do Pai não era lugar de negócio (Mateus 21:12-13). Mas hoje, quem se levantar para fazer o mesmo, será chamado de “radical”, de “legalista”, de “antiquado”. Pois então sejamos radicais, se isso significa sermos fiéis. Sejamos “antiquados”, se isso significa obedecer a Palavra. Sejamos loucos para o mundo, para sermos sábios para Deus (1 Coríntios 3:18).

Irmão, irmã, guarde isso em seu coração: o mundo não vai mudar para nos agradar. E não precisamos agradar o mundo para cumprir o nosso chamado. A Igreja nunca foi chamada para fazer alianças com os impérios deste século. Foi chamada para ser sal da terra e luz do mundo. E se o sal perder o sabor, para nada mais presta, senão para ser pisado pelos homens.

Estamos em guerra. Uma guerra por almas, por verdades, por integridade. E nesta guerra, não há espaço para acordos com Faraó, nem contratos com César, nem parceria com Babilônia. Há apenas um caminho: seguir o Cordeiro, ainda que isso custe a nossa visibilidade, o nosso conforto, o nosso prestígio.

O mundo jaz no maligno. Mas a Noiva de Cristo deve andar em santidade. Mesmo que nos chamem de loucos, mesmo que nos ridicularizem, mesmo que tentem nos comprar. Porque sabemos que um dia, o Senhor voltará. E Ele não virá buscar uma igreja parceira da mídia. Virá buscar uma igreja santa, sem mácula, irrepreensível (Efésios 5:27).

Até lá, permaneçamos firmes. Não vendamos o que não tem preço. Não negociemos o que é eterno. Porque, no fim, a coroa que nos aguarda não vem da Globo. Vem do céu.

Em Cristo, que jamais se corrompeu nem com ouro, nem com prata,

— Um servo indignado, mas cheio de esperança.

Com informações Folha de S.Paulo

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Romanos 13:1-2

1 Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. 2 Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se opondo contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.

Isaías 10: 1-3

1 Ai daqueles que promulgam leis iníquas, e todos que elaboram decretos opressores, 2 a fim de privar os pobres dos seus direitos e evitar que os oprimidos do meu povo tenham pleno acesso à justiça, transformando as viúvas em presas de suas ambições e despojando os órfãos! 3 Pois bem, que fareis no Dia do Castigo, quando a destruição vier de um lugar distante, mas certeira? A quem correreis em busca de abrigo e socorro, onde deixareis as vossas riquezas,…

Leandro G. Veras

Cartas Gospel

Alcançado pelo evangelho de Jesus Cristo em 1979 e, desde então, apaixonado pela Palavra de Deus.  Compromisso é comunicar a Verdade com amor e convicção, inspirando e esperança em Cristo.

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