
Queridos irmãos em Cristo,
Escrevo-lhes hoje com o coração apertado, mas também com esperança. Vivemos tempos de grande inquietação. O noticiário diário nos apresenta um mundo em convulsão: conflitos armados, nações em desespero, alianças se formando por medo e não por fé. E, nesta semana, uma notícia me chamou atenção de maneira especial — e não apenas pelo conteúdo geopolítico, mas pelo que ela representa espiritualmente.
A Alemanha, uma nação que por séculos foi referência de racionalidade, ciência e cultura, agora volta seus olhos para o Oriente Médio, em busca de proteção contra ameaças reais. O motivo? O medo da Rússia, a incerteza provocada pela guerra na Ucrânia e o avanço da possibilidade de um confronto direto com a Otan. Em resposta, a Alemanha firmou um acordo bilionário com Israel para adquirir o sistema de defesa Arrow 3, capaz de interceptar mísseis balísticos até fora da atmosfera. Sim, fora da atmosfera!
Não se trata mais de proteger cidades com trincheiras ou exércitos em campo aberto. Trata-se de interceptar ogivas que podem destruir milhares de vidas em segundos — antes mesmo de tocarem o chão. E tudo isso está sendo planejado para estar em funcionamento até 2030. Que cenário é esse, irmãos? O que aconteceu com o “nunca mais” que tantos líderes prometeram após as grandes guerras?
A Alemanha não está sozinha. Finlândia, Eslováquia, Chipre e até mesmo a Grécia também têm buscado em Israel soluções militares. Israel, que por décadas viveu em constante tensão com seus vizinhos, agora se torna referência em defesa para o Ocidente. Mas, mais do que isso, Israel se torna símbolo de algo ainda maior: a preparação de uma guerra que parece, infelizmente, iminente.
E aqui me pergunto, junto com você, querido leitor: onde está a nossa fé? Onde estão os joelhos dobrados, as mãos levantadas, os olhos voltados aos céus?
O mundo está construindo escudos de ferro, lançadores de mísseis, satélites que detectam ataques antes mesmo deles existirem. Os europeus têm medo dos mísseis russos — mísseis como o Iskander, estacionado em Kaliningrado, bem no coração do continente. E por isso, mais de 20 países já aderiram ao que estão chamando de Escudo Europeu do Céu — uma rede de defesa conjunta inspirada no famoso “Domo de Ferro” israelense.
Mas me permita ir além do noticiário e entrar contigo nas Escrituras. Será que estamos atentos ao que o Espírito Santo está dizendo às igrejas? Pois não é a primeira vez que vemos nações se unindo por medo, construindo torres, escudos e fortalezas. E também não é a primeira vez que vemos Israel no centro das profecias, não por acaso.
Querido irmão, querida irmã, este tempo exige mais do que jamais exigiu de nós. Não é tempo de pânico — é tempo de discernimento. A Palavra diz em Mateus 24 que “ouvireis falar de guerras e rumores de guerras… mas ainda não é o fim”. Ainda não, mas certamente estamos cada vez mais perto. O que antes parecia apenas um “rumor”, hoje é manchete. O que antes era visto como hipótese distante, agora é plano militar assinado com bilhões de euros.
E o que o povo de Deus está fazendo? Será que temos nos preparado da mesma forma?
Enquanto as nações correm para adquirir sistemas de defesa que custam bilhões e prometem interceptar qualquer ameaça física, onde está o nosso investimento na defesa espiritual? Onde estão os escudos da fé mencionados em Efésios 6? Onde estão os capacetes da salvação, as espadas do Espírito?
A Palavra é clara: “nossa luta não é contra carne ou sangue, mas contra principados e potestades”. E, no entanto, quantos de nós temos negligenciado essa batalha invisível? Quantos têm preferido confiar em tratados, estratégias humanas, líderes políticos e tecnologia, enquanto deixam de confiar no Senhor dos Exércitos?
Não me entenda mal. Não condeno os governos por se protegerem. A prudência é parte da sabedoria, e a Bíblia nos ensina a sermos vigilantes. Mas é justamente por isso que escrevo: para te lembrar que, enquanto o mundo se arma, o povo de Deus precisa se vestir da armadura espiritual. Porque as guerras que se aproximam — e elas virão — não serão vencidas apenas com tecnologia. Serão vencidas por aqueles que permanecem firmes, inabaláveis, cheios do Espírito e guiados pela verdade.
Israel, neste cenário, não é apenas um fornecedor de armas. Ele é um sinal. A nação escolhida, tantas vezes humilhada, ameaçada, perseguida, agora se torna referência mundial em defesa. É o cumprimento vivo da palavra que diz que o Senhor guardaria o Seu povo. E isso deve acender um alerta espiritual em nós. O relógio profético está em movimento. As alianças estão se formando. A tensão global aumenta. E você, amado leitor, está preparado?
A Palavra diz que “os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre” (Salmo 125:1). Essa deve ser a nossa atitude diante dos dias maus. Sim, os sistemas de defesa podem parar um míssil. Mas só o Senhor pode parar a destruição total. Só Ele pode guardar nossa alma. Só Ele pode nos dar paz quando o mundo grita em desespero.
Alemanha, Finlândia, Chipre, Eslováquia… todas essas nações estão olhando para Israel por uma resposta. Mas nós, povo de Deus, olhamos além. Olhamos para o céu, não esperando foguetes, mas esperando a glória. Não aguardamos mísseis, mas o Messias. E isso muda tudo.
Enquanto a Europa constrói escudos para os céus, nós construímos altares. Enquanto eles se preparam para a guerra, nós nos preparamos para o arrebatamento. E ainda que sejamos atingidos pelo barulho das bombas do mundo, não seremos destruídos, porque nossa cidadania não é terrena. É celestial.
Me dói saber que tantos ainda estão cegos. Que tantos ainda estão apegados a este mundo como se fosse eterno. Me dói pensar em quantos dormem espiritualmente enquanto os sinais são claros. E é por isso que te escrevo: desperta! Clama! Vigia! Porque Ele vem. E quando vier, será como o relâmpago que sai do Oriente e se mostra até o Ocidente. E toda a Terra verá.
A profecia está sendo cumprida nas manchetes dos jornais. As alianças se desenham. As guerras se aproximam. Mas o Reino de Deus está próximo. E não haverá Arrow 3, David’s Sling ou Domo de Ferro que possa impedir o que Ele determinou.
Concluo esta carta com um convite: não se deixe tomar pelo medo que assola os corações dos governantes. Antes, revista-se da esperança que só há em Jesus. Não viva como quem corre atrás de um abrigo físico, mas como quem vive sob as asas do Altíssimo. Como está escrito: “Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido” (Salmo 91:7).
Que possamos, como Corpo de Cristo, levantar nossos olhos, unir nossas mãos, firmar nossos pés e clamar: “Vem, Senhor Jesus!”
Em oração e vigilância,
Com informações Estadão