
Amados irmãos e irmãs em Cristo,
Graça e paz da parte do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, aquele que jamais abandona os seus. Escrevo-lhes hoje com o coração apertado, mas também com fé renovada, porque até mesmo nas tempestades mais sombrias da vida, ainda assim conseguimos enxergar a luz que emana do trono de Deus. Hoje, o que nos une aqui é o testemunho de um irmão que muitos conhecem desde a infância, alguém que brilhou nos palcos da televisão, mas que agora se vê em meio ao deserto da dor, da injustiça e da batalha espiritual.
Refiro-me ao nosso irmão Yudi Tamashiro, que nos últimos dias comoveu as redes sociais ao fazer um sincero e corajoso pedido: “Orem por mim. Orem pela minha família.” Muitos talvez tenham visto a mensagem e seguido com o dia, como se fosse apenas mais uma publicação entre tantas. Mas os que têm sensibilidade espiritual, os que escutam além das palavras, sabem quando um clamor não vem da carne, mas do espírito. E foi exatamente isso que aconteceu.
Yudi não está pedindo pena. Ele está clamando por intercessão. Ele está suplicando por justiça — não a dos homens, mas a de Deus.
Quantas vezes você já se sentiu assim? Injustiçado, acuado, enfrentando lutas silenciosas enquanto o mundo segue seu curso, alheio à sua dor? É por isso que essa carta é para você também. Porque a dor dele ecoa a dor de muitos. E se hoje o nome de Yudi está em evidência, é apenas para que o nome de Jesus Cristo seja glorificado.
Nosso irmão enfrenta uma batalha judicial que começou há mais de dez anos. Um contrato malfadado, assinado quando ainda tinha apenas 18 anos, que agora ameaça cobrar um preço absurdo: R$ 5 milhões. Tudo isso por algo que, segundo ele mesmo relata, jamais trouxe retorno financeiro, nem profissional. Um contrato que parecia promissor, mas que, como tantos outros na vida, se revelou uma armadilha disfarçada de oportunidade.
“Prometeu tudo, menos a verdade.”
Essa frase nos atravessa como um espinho. Porque não é só o Yudi que já ouviu promessas que nunca se cumpriram. Você também já ouviu. Nós todos já ouvimos. Seja de pessoas, de instituições, de propostas, até mesmo de nós mesmos. O mundo nos promete o céu com palavras doces, mas frequentemente entrega o inferno em forma de decepções. Porém, há uma promessa que permanece, fiel e verdadeira: a promessa de Deus, que diz:
“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo.” (Salmo 23:4)
O que mais nos toca nessa história não é o valor do processo, nem a complexidade jurídica. O que nos toca é ver um servo de Deus — jovem, pai de um recém-nascido, marido, intercessor, evangelista — pedindo com humildade que o Corpo de Cristo se una em oração. Ele não recorreu a escândalos. Não recorreu à mídia sensacionalista. Não fez ataques. Ele recorreu a Deus. E a nós.
Porque quem já viveu injustiças sabe: chega uma hora em que você não tem mais forças. O emocional sangra, o espiritual se abate. E é nesse momento que entendemos o que o apóstolo Paulo quis dizer quando escreveu aos Gálatas:
“Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.” (Gálatas 6:2)
Yudi está pedindo que carreguemos com ele o peso que está sobre seus ombros. E nós, como Igreja, não podemos fingir que não ouvimos esse clamor. Ele não pediu dinheiro, não pediu fama, não pediu que o defendêssemos nas redes. Ele pediu orações. Ele pediu intercessão. Ele pediu que nos levantássemos como guerreiros de joelhos, para que ele possa ficar de pé.
O mais comovente é que tudo isso acontece enquanto seu filho recém-nascido luta contra a icterícia, ainda hospitalizado. É como se as ondas estivessem vindo uma após a outra, sem dar tempo de respirar. Mas é justamente nesses momentos que a fé é provada e aprovada.
Você também pode estar passando por algo assim. Um processo. Uma enfermidade. Um casamento em crise. Uma perda. Um peso invisível que quase ninguém vê, mas que você carrega todos os dias. O que você precisa entender, e o que o testemunho de Yudi nos ensina, é que Deus vê. Deus escuta. E Deus age — ainda que não no nosso tempo, mas no d’Ele.
Muitas vezes, a justiça dos homens falha. Juízes se recusam a ouvir testemunhas. Processos seguem sem imparcialidade. A verdade parece sufocada sob os escombros da burocracia. E aí você começa a duvidar. Começa a perguntar: “Onde está Deus? Por que Ele permite isso?”
Mas a resposta já foi dada há séculos, através do profeta Isaías:
“Porque Eu, o Senhor, amo o juízo, e odeio o roubo e a iniqüidade; e lhes darei fielmente o seu salário, e farei uma aliança eterna com eles.” (Isaías 61:8)
Deus é justo. E ainda que você não veja a justiça acontecer de imediato, pode ter certeza: ela virá. Porque Ele não dorme. Ele não falha. Ele não se esquece dos seus filhos.
Yudi disse: “Meu espírito está firme. Porque, acima de tudo, eu creio em um Deus que é Pai e que não abandona os seus filhos.”
Ah, como é preciosa essa declaração! Quantos, em sua posição, estariam revoltados, enfurecidos, blasfemando contra o céu? Mas ele escolheu crer. Ele escolheu resistir. Ele escolheu confiar. E isso faz toda a diferença.
Querido leitor, talvez você esteja sendo julgado injustamente. Talvez seu nome esteja sendo difamado. Talvez você esteja à beira de perder tudo. Não desista. Não perca sua fé. Porque, no fim, não é o veredito de um juiz que define seu destino. É a Palavra de Deus.
E a Palavra d’Ele diz:
“Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” (Salmo 125:1)
Talvez a quantia cobrada seja impossível de pagar. Talvez os argumentos estejam contra você. Mas saiba: Deus é especialista em virar julgamentos. Ele transforma acusações em testemunhos. Ele muda decretos. Ele quebra cadeias invisíveis. Ele faz justiça onde os homens falham.
Por isso, hoje, mais do que nunca, nos unimos como Igreja. Como povo de Deus. Como irmãos. Para interceder não apenas por Yudi Tamashiro, mas por todos que estão em prisões emocionais e espirituais. Por todos que enfrentam gigantes. Por todos que precisam de alívio. De resposta. De um toque do céu.
Ergamos nossas vozes ao trono da graça. Coloquemos essa causa nas mãos do único que pode julgar com justiça perfeita. Que a audiência do dia 29 de maio não seja marcada apenas por documentos, mas pela presença real e poderosa do Espírito Santo. Que os olhos do juiz humano sejam abertos. Que a verdade venha à tona. E que o nome de Deus seja exaltado.
Yudi, se essa carta chegar até você, receba nosso amor, nossas orações, nossa solidariedade. Você não está só. Deus está contigo. E nós também estamos. Porque o Reino de Deus não é feito de celebridades, mas de servos. E hoje você é servo. Pai. Intercessor. Guerreiro. E, acima de tudo, um filho amado de Deus.
Que o seu testemunho se torne luz para muitos. Que a sua luta inspire fé em quem já está quase desistindo. E que a sua vitória seja apenas o começo de um novo tempo.
Para terminar, deixo a você e a todos os nossos leitores esta promessa, registrada em Romanos 8:28:
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”
Sim, tudo. Até as injustiças. Até os processos. Até as lágrimas. Tudo coopera. Tudo tem um propósito. E o propósito de Deus jamais falha.
Com informações Metrópoles