
Amados irmãos e amigos em Cristo,
Ao refletir sobre os acontecimentos envolvendo a Fundação João Paulo II e a Canção Nova, não posso deixar de sentir um peso profundo no coração. Não apenas pelas notícias em si, mas pelo que elas representam para o Corpo de Cristo. Não é apenas uma questão jurídica ou administrativa; é uma batalha espiritual que ecoa as palavras do nosso Senhor Jesus Cristo: “Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto; e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá” (Mateus 12:25).
Você entende a gravidade disso, amado leitor? Não estamos falando apenas de finanças ou poder. Estamos falando de algo muito mais profundo: unidade e testemunho cristão. E quando essas colunas fundamentais são abaladas, todo o edifício fica comprometido.
Diante dessa disputa interna que veio a público, meu coração clama: onde está a humildade? Onde está o amor que une? A Canção Nova foi fundada com o propósito de evangelizar, levar a Palavra de Deus aos confins da Terra. Mas agora, se vê envolvida em uma batalha que, independentemente de quem vença, já a fez perder. E perder muito.
As palavras de Jesus ecoam novamente: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João 13:35). Como podemos ser luz para o mundo quando não conseguimos iluminar a nossa própria casa? Como podemos pregar perdão e reconciliação se, internamente, permitimos que o poder e a vaidade ditem nossas ações?
Você percebe a profundidade dessa situação? Não se trata apenas de uma disputa por poder ou controle financeiro. É uma ferida aberta que expõe fraquezas, revela intenções e, pior, dá ao inimigo a oportunidade de zombar do Povo de Deus.
Ao olhar para tudo isso, não consigo deixar de pensar na Palavra do Senhor: “Se alguém não tem cuidado dos seus, e especialmente dos da sua própria casa, tem negado a fé, e é pior do que o descrente” (1 Timóteo 5:8). Cuidar da casa de Deus não é apenas manter as finanças em ordem, mas preservar a unidade espiritual e o testemunho público.
Olhando para os relatos, vemos que há uma disputa interna na Canção Nova pelo controle da fundação. Mas o que está em jogo não é apenas o poder administrativo; é a integridade espiritual de uma obra que tem levado a mensagem de salvação a milhões.
Você já parou para pensar no impacto disso? Quantas almas podem se perder ao verem a divisão? Quantos afastar-se-ão da fé ao perceberem que a liderança se deixa levar por ambições terrenas? “Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual o escândalo vem!” (Mateus 18:7).
Não podemos tratar isso com leviandade. Não podemos permitir que o Nome de Cristo seja envergonhado por causa de disputas que deveriam ser resolvidas com amor, perdão e humildade.
Amado leitor, sabe o que mais me preocupa? Não é o Ministério Público ou as alegações jurídicas. Não é sequer a mídia secular que se aproveita disso para atacar a Igreja. O que mais me preocupa é o fato de que o Espírito Santo pode estar profundamente entristecido com essa situação.
Como podemos orar pedindo avivamento enquanto alimentamos divisões internas? Como podemos pregar sobre amor e perdão quando há ódio e ressentimento entre irmãos? Não foi exatamente por isso que Paulo exortou os coríntios a resolverem seus conflitos internamente, sem expor suas disputas ao mundo? “Ousa algum de vós, tendo negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos?” (1 Coríntios 6:1).
Queridos irmãos, precisamos de arrependimento genuíno. Precisamos clamar pela misericórdia de Deus e permitir que o Espírito Santo opere reconciliação e cura. Se Jesus Cristo nos ensinou a amar os inimigos, como podemos falhar em amar nossos próprios irmãos na fé?
Permita-me ser franco com você. Se não buscarmos a humildade e a reconciliação, o que nos espera é um vazio espiritual que nada pode preencher. Nem poder, nem riqueza, nem influência midiática. Apenas Jesus pode restaurar o que foi quebrado. Mas Ele só fará isso quando houver arrependimento genuíno.
Não estou aqui para tomar partido. Não conheço pessoalmente os envolvidos. Mas conheço a Palavra de Deus e sei que “Deus não se deixa escarnecer; tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7). Se semearmos divisão, colheremos destruição. Se semearmos amor e reconciliação, colheremos vida e paz.
E, ao final, não é isso que desejamos? Não é isso que Jesus morreu para nos dar? Se Cristo morreu para reconciliar o homem com Deus, por que não podemos nos reconciliar com nossos irmãos?
Amado irmão, te convido a orar por essa situação. Ore para que a Canção Nova não apenas sobreviva a essa crise, mas saia dela purificada e renovada. Ore para que Deus levante homens e mulheres cheios do Espírito Santo, capazes de promover a paz e a unidade.
E, acima de tudo, ore para que o Nome de Jesus seja glorificado, independentemente de quem “vença” essa disputa. Porque, ao final, a verdadeira vitória pertence àquele que mantém o amor e a humildade acima de qualquer ambição terrena.
Que Deus tenha misericórdia de nós, cure as feridas e restaure a unidade da Igreja de Cristo.
Com informações Gazeta do Povo