Cardeais católicos romanos se reúnem para eleger um sucessor do Papa Francisco

Amados irmãos e irmãs em Cristo, Hoje, com o coração pesado, escrevo-lhes

Cardeais da Igreja Católica participam do conclave de eleição na Capela Sistina em 18 de abril de 2005, no Vaticano, Cidade do Vaticano (Foto por Arturo Mari – Vatican Pool/Getty Images)

Amados irmãos e irmãs em Cristo,

Hoje, com o coração pesado, escrevo-lhes não apenas como servo do Evangelho, mas como testemunha perplexa daquilo que se tornou um dos maiores espetáculos de idolatria institucionalizada do nosso tempo. O mundo está paralisado, hipnotizado, rendido a um processo que se repete há séculos — um conclave que transforma homens em “deuses” com batina. Refiro-me ao que foi relatado, com tom solene e venerado, pelos jornalistas Kylie Maclellan, Farouq Suleiman, Alison Williams e Christina Anagnostopoulos, da Reuters, sobre a sucessão do Papa Francisco, que agora jaz como uma lembrança entre os muros do Vaticano.

Com câmeras em tempo real, transmissões globais, juramentos murmurados em latim como se fossem orações sagradas, e uma Capela Sistina elevada a trono do mundo, o mundo assiste, reverente, ao momento em que cardeais se reúnem para escolher o próximo homem que assumirá o posto que chamam de “o representante de Cristo na Terra”. Não se engane, amado leitor: isto não é apenas tradição, não é apenas cultura. É idolatria pura, nua e crua. É o mundo ajoelhado diante da fumaça branca, como se dela saísse a salvação.

A matéria em questão, escrita com o estilo sóbrio e respeitoso da Reuters, descreve os eventos como se fossem o mais importante acontecimento da civilização ocidental. Cardeais, homens pecadores como qualquer outro, são tratados como santos vivos, como sumos sacerdotes de um novo testamento forjado por mãos humanas. A eleição do novo papa é descrita como uma guerra de bastidores entre progressistas e tradicionalistas, como se o Espírito Santo estivesse à mercê das correntes políticas da Igreja. Que tragédia espiritual!

E vejam só a ironia: os mesmos que negam a autoridade absoluta das Escrituras estão agora nos bastidores do Vaticano, negociando, sugerindo, tentando “influenciar” a escolha do novo líder. Eles falam em “campanhas”, em “notícias falsas”, em “táticas dissimuladas” e em “sabotar candidatos”. Onde está o Espírito Santo nisso, meus irmãos? Desde quando o Espírito de Deus se submete a rumores nas redes sociais ou a pressões de grupos ideológicos? Desde quando Ele opera sob manipulações, com cartas abertas e nuvens de fumaça rosa?

A própria reportagem da Reuters admite que há tentativas — veladas e abertas — de manipular o resultado do conclave, inclusive por meio de notícias falsas sobre a saúde de um dos principais candidatos, o Cardeal Pietro Parolin. Diz-se que ele passou mal, que precisou de cuidados médicos, e que tudo não passou de uma mentira orquestrada para “envenenar” suas chances. Veja a palavra usada pela mídia italiana: envenenar. Como se estivessem lidando com uma eleição de presidente de nação, e não com a suposta escolha do homem que representaria o Filho de Deus. E ainda assim, há quem chame isso de “espiritualidade”.

Sim, o mundo olha para este conclave com olhos brilhantes, corações acelerados e expectativa quase messiânica. Milhões assistem ao vivo, como se estivessem presenciando o nascimento de um novo salvador. E a cada giro de câmera sobre os vitrais da Capela Sistina, cada close nas feições serenas dos cardeais, cada menção à fumaça branca, o mundo se embriaga mais profundamente de sua idolatria. É o mesmo mundo que zomba do verdadeiro Evangelho, que ri da simplicidade da cruz, que rejeita o Cristo ressurreto — mas que se curva com reverência ao ritual elaborado de um conclave.

Não estou aqui, meus irmãos, para atacar indivíduos, tampouco para ofender tradições alheias. Mas como não lamentar profundamente ao ver homens sendo exaltados, reverenciados, elevados à posição de infalíveis? Como não denunciar o pecado quando ele se apresenta disfarçado de santidade? Como não clamar, com lágrimas nos olhos, que não existe outro mediador entre Deus e os homens senão Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo?

Onde estão os que defendem a simplicidade do Evangelho? Onde estão os que entendem que o Reino de Deus não é um espetáculo transmitido por satélite, nem um teatro onde cardeais disputam votos secretos? O Reino de Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo. E isso, definitivamente, não se encontra em um conclave que mais se assemelha a uma eleição mundana do que à direção divina.

Lembro-me das palavras do apóstolo Paulo aos gálatas: “Admira-me que tão depressa estejais passando daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o Evangelho de Cristo.” (Gálatas 1:6-7). Como não ver essa perturbação no coração do homem que se curva ao poder humano travestido de autoridade divina?

O mundo ama a pompa. O mundo ama o espetáculo. O mundo ama um homem que lhes pareça superior, digno de louvor e honra. O mesmo mundo que rejeitou o Cordeiro humilde de Belém agora exalta homens adornados com púrpura e ouro. Homens que entram em salas secretas, votam entre si e saem com o poder de serem chamados “Santo Padre”. Santo? Pai? Ambos são títulos que pertencem única e exclusivamente ao Senhor. “A ninguém na Terra chameis de pai, porque um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus.” (Mateus 23:9)

Que tristeza ver cristãos sinceros sendo seduzidos por esta encenação bem-produzida. Que dor ver até mesmo crentes nascidos de novo, encantados pela estética eclesiástica do Vaticano. Esquecem-se de que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas, nem Se manifesta em fumaças coreografadas para agradar jornalistas e turistas.

Meus amados, que sejamos alertas! Que tenhamos discernimento! O mesmo espírito de idolatria que levou multidões a adorarem Nabucodonosor e sua estátua de ouro está hoje vivo, ativo, operando em meio aos que preferem adorar imagens, cargos e rituais a simplesmente seguir o Cristo ressurreto, servo sofredor, Senhor dos senhores.

A cobertura da Reuters, apesar de informativa, revela mais do que talvez tenha sido a intenção dos seus autores. Ao descreverem com minúcia o passo a passo do conclave, acabam por revelar o quão longe o homem pode ir para buscar um substituto para o único Rei eterno. Querem um papa que agrade gregos e troianos, conservadores e progressistas, católicos e seculares. Mas esquecem que só há um nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos: JESUS!

Sim, irmãos. Essa idolatria está se espalhando. Não pense que é apenas um fenômeno do Vaticano. O desejo do homem por um líder terreno que lhes diga o que fazer, que lhes dê permissão para pecar com indulgência, que lhes ofereça salvação sem arrependimento, cresce todos os dias. E se nós, como Igreja verdadeira, não levantarmos a voz, muitos serão tragados por este engano.

Que esta carta sirva como um apelo. Que o Espírito Santo ilumine os olhos do seu entendimento. Que você compreenda, com todo o zelo e amor que posso transmitir, que ninguém, absolutamente ninguém, pode tomar o lugar de Cristo. Ele não precisa de um sucessor. Ele não morreu, como o papa. Ele está vivo, e reina eternamente à direita do Pai. Ele não precisa de conclaves. Ele governa com autoridade inquestionável. E sua eleição foi feita desde antes da fundação do mundo.

Recuse as réplicas do mundo. Recuse o encantamento do ouro, do incenso e da fumaça. Recuse o homem exaltado. Receba o Cordeiro humilhado. A Ele sim, toda honra, toda glória, todo poder e toda autoridade. Para sempre.

Com informações Reuters

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Romanos 13:1-2

1 Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. 2 Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se opondo contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.

Isaías 10: 1-3

1 Ai daqueles que promulgam leis iníquas, e todos que elaboram decretos opressores, 2 a fim de privar os pobres dos seus direitos e evitar que os oprimidos do meu povo tenham pleno acesso à justiça, transformando as viúvas em presas de suas ambições e despojando os órfãos! 3 Pois bem, que fareis no Dia do Castigo, quando a destruição vier de um lugar distante, mas certeira? A quem correreis em busca de abrigo e socorro, onde deixareis as vossas riquezas,…

Leandro G. Veras

Cartas Gospel

Alcançado pelo evangelho de Jesus Cristo em 1979 e, desde então, apaixonado pela Palavra de Deus.  Compromisso é comunicar a Verdade com amor e convicção, inspirando e esperança em Cristo.

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