Chile avança na legalização do aborto e acende alerta moral em toda a América Latina

Queridos irmãos e irmãs em Cristo Jesus, escrevo-lhes hoje com o coração

Manifestantes pró-descriminalização em ato frente à Assembléia Legislativa da Cidade do México – Alfredo Estrella – 26.nov.2010/AFP

Queridos irmãos e irmãs em Cristo Jesus, escrevo-lhes hoje com o coração aflito, porém inflamado pela verdade que liberta. Vivemos dias sombrios, de intensa batalha espiritual, onde o que outrora era tido como sagrado vem sendo vilipendiado sob os aplausos de uma sociedade que se distanciou da cruz. O artigo recentemente publicado pelas jornalistas Natalia Siniawski e Sarah Morland, na Folha de S.Paulo, com o título “Direitos ao aborto na América Latina ganham enfoque com debate no Chile sobre legalização”, não é apenas um texto jornalístico — é uma confissão escancarada do avanço das trevas sobre a América Latina.

Estamos presenciando a tentativa clara de institucionalizar o aborto como se fosse um “direito humano”, como se o ato de tirar uma vida indefesa, oculta ainda no ventre materno, fosse parte do progresso civilizatório. Mas desde quando matar é progresso? Desde quando silenciar o coração que começa a pulsar é sinônimo de liberdade? Não se deixem enganar, irmãos. Trata-se de uma batalha entre a cultura da vida e a cultura da morte, entre o Reino de Deus e o império do pecado.

É com tristeza que lemos no artigo que o Chile está prestes a debater a legalização do aborto sob demanda. Isso significa que nenhuma justificativa será mais necessária: bastará a vontade da mulher para que o feto — uma vida humana com DNA próprio, com alma, com destino traçado por Deus — seja descartado como lixo hospitalar. Os jornalistas descrevem, com certa naturalidade, como México, Argentina e Colômbia ampliaram esse “direito”. Em vez de denunciarem a gravidade da carnificina legalizada, preferem pintar com tintas progressistas o que deveria causar horror e repulsa.

A reportagem também nos lembra que o Brasil, infelizmente, está sendo pressionado por esses ventos de morte. Embora o caso que tramita na Suprema Corte esteja paralisado desde 2017, o silêncio do povo cristão pode dar lugar ao avanço dos que querem ver nossa nação ajoelhada diante de falsos deuses: o deus do hedonismo, o deus do egoísmo e o deus da conveniência. Não podemos calar, irmãos. Porque onde os filhos de Deus se calam, as pedras gritam. E hoje, as pedras clamam pelo sangue dos inocentes que jorra, gota a gota, nas clínicas que se travestem de centros de “direitos reprodutivos”.

É chocante constatar que Cuba, Uruguai, Guiana e outros países já permitam essa prática sem qualquer amparo nas Escrituras. E agora, com Colômbia legalizando o aborto até 24 semanas — seis meses de gestação! —, o mundo se aproxima cada vez mais da barbárie institucionalizada. Em 24 semanas, o bebê chupa o dedo, reage à voz da mãe, sonha. E querem nos convencer que esse ser é um amontoado de células? O mesmo que chora ao nascer será cortado ainda no ventre porque alguém decidiu que ele é um “inconveniente”. Isso é genocídio disfarçado de progresso.

Divulgação

O artigo também cita a constituição de El Salvador, que sabiamente reconhece o início da vida desde a concepção. Lá, o aborto é proibido em todos os casos — e que bênção é saber que ainda existem nações que temem ao Senhor. Infelizmente, essas nações são cada vez mais pressionadas por ONGs, tribunais internacionais e organismos globalistas que querem impor sua agenda semeada nas fileiras do inferno.

Leiam bem, meus amados: “grávidas haitianas têm sido alvo de deportações dominicanas”. É assim que tentam sensibilizar os corações dos incautos — usando o drama humanitário para justificar o inaceitável. Mas quem se compadece da criança haitiana que foi negada o direito de respirar? Onde está a indignação diante de uma prática que ataca os mais vulneráveis dos vulneráveis? A luta pelo aborto não é luta por mulheres pobres; é luta por controle populacional. É eugenia reciclada e servida em bandeja de prata progressista.

Não se trata, portanto, de uma questão meramente política ou de saúde pública. Trata-se da guerra mais antiga da humanidade: a guerra entre a luz e as trevas. O ventre materno — outrora o lugar mais seguro do mundo — tornou-se o campo de batalha mais perigoso da atualidade. E os soldados de Cristo precisam, urgentemente, se posicionar.

Você, irmão que lê essa carta, é chamado a ser voz profética. Não basta apenas lamentar — é preciso agir. A começar por sua oração diária. Clame a Deus para que nossa nação jamais aceite esse crime como lei. Ensine seus filhos, seus netos, sua igreja. Levante-se como intercessor, como atalaias que não se dobram diante de César. Porque, se não defendermos os que não podem se defender, seremos cúmplices silenciosos do sangue inocente derramado.

A imprensa militante — que se diz imparcial — mostra claramente de que lado está. Os autores do artigo preferem o tom analítico e técnico, escondendo o horror sob o manto da neutralidade. Mas você sabe, querido leitor, que o Espírito Santo não nos dá esse luxo. Fomos chamados para dizer: sim, sim; não, não. O que passar disso vem do maligno.

Não importa quantas leis forem aprovadas, quantos tribunais forem conquistados ou quantas narrativas forem construídas. A verdade permanece: o aborto é assassinato. E quem o pratica ou defende será cobrado diante do justo juiz.

Que o Senhor nos desperte, nos incomode, nos tire do comodismo. Não somos do mundo, embora estejamos nele. Somos sal da terra e luz do mundo, e não se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire. Não há como esconder a omissão em tempos de guerra moral. Nosso silêncio é traição ao Reino.

Se hoje não agimos, amanhã será tarde demais. Se hoje não levantamos nossas vozes, amanhã nossos filhos levantarão cruzes sobre as covas de inocentes que não puderam sequer nascer. O aborto não é liberdade; é uma cadeia espiritual revestida de modernidade. E o preço será pago por todos.

A você, leitor do Cartas Gospel, deixo este clamor: ore. Interceda. Fale. Denuncie. Não tema a opinião dos homens, tema a ausência de Deus. Seja um embaixador do céu em um mundo que abraça o inferno. Rejeite com veemência essa onda que tenta dominar nosso continente. A América Latina nasceu sob a luz do Evangelho, e é por essa luz que devemos lutar.

Porque, no fim, o que estará em jogo não é apenas a vida dos que estão por nascer — mas a nossa própria salvação. Afinal, como poderá alguém amar a Deus, a quem não vê, se não é capaz de amar o próximo, que ainda nem nasceu?

Que o Senhor dos Exércitos nos fortaleça nesta missão. Que Ele sopre coragem sobre nossas igrejas, sabedoria sobre nossos pastores, zelo sobre nossas lideranças políticas. E que jamais se diga de nós que fomos omissos quando a história exigia fé.

“Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós.” (1 Pedro 3:15)

Com temor, amor e indignação santa,

Leandro G. Veras
Cartas Gospel

Com informações Folha de S.Paulo

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Romanos 13:1-2

1 Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. 2 Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se opondo contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.

Isaías 10: 1-3

1 Ai daqueles que promulgam leis iníquas, e todos que elaboram decretos opressores, 2 a fim de privar os pobres dos seus direitos e evitar que os oprimidos do meu povo tenham pleno acesso à justiça, transformando as viúvas em presas de suas ambições e despojando os órfãos! 3 Pois bem, que fareis no Dia do Castigo, quando a destruição vier de um lugar distante, mas certeira? A quem correreis em busca de abrigo e socorro, onde deixareis as vossas riquezas,…

Leandro G. Veras

Cartas Gospel

Alcançado pelo evangelho de Jesus Cristo em 1979 e, desde então, apaixonado pela Palavra de Deus.  Compromisso é comunicar a Verdade com amor e convicção, inspirando e esperança em Cristo.

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