
Prezados leitores do Cartas Gospel,
É com um misto de indignação e reflexão cristã que me dirijo a vocês para comentar a mais recente manobra política que se desenrola nos bastidores de Brasília. A disputa pela vaga no Tribunal de Contas da União (TCU) não é apenas um jogo de interesses políticos; é um reflexo da degradação moral e ética que permeia as estruturas do poder. Como cristãos, não podemos simplesmente observar de forma passiva, mas devemos analisar os fatos à luz da Palavra de Deus e compreender o que está em jogo.
Ao lermos sobre as articulações envolvendo o PSD, União Brasil, PL e o PT, vemos claramente a dinâmica de promessas, traições e acordos de conveniência. A Bíblia nos adverte sobre aqueles que fazem acordos às escondidas para benefício próprio: “Ai dos que descem ao Egito em busca de auxílio, que confiam em cavalos, que põem sua esperança na multidão dos seus carros e na grande força dos seus cavaleiros, mas não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao Senhor!” (Isaías 31:1).
Aqui está uma realidade dura: muitos políticos não buscam a Deus em suas decisões, mas confiam nas alianças terrenas que, como sabemos, são frágeis e corrompidas. Os partidos que hoje resistem à entrega da vaga do TCU ao PT o fazem não necessariamente por princípios, mas por uma mera disputa de poder. Isso nos leva a perguntar: onde está o compromisso com a verdade e a justiça?
Não podemos esquecer que a função do TCU é fiscalizar o uso dos recursos públicos, garantindo que os tributos pagos pelo povo sejam utilizados com responsabilidade. No entanto, o que vemos são negociações que transformam esse órgão em mais um prêmio político. O próprio Senhor Jesus advertiu contra esse tipo de comportamento quando disse: “Nenhum servo pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro.” (Lucas 16:13). Essa passagem nos mostra a raiz do problema: há políticos que não servem ao povo, mas ao poder e ao enriquecimento próprio.
O mais preocupante é que essas articulações ocorrem de maneira dissimulada. Deputados falam em compromissos, mas muitos deles estão, na realidade, negociando cargos como se estivessem em um mercado de favores. A Palavra de Deus nos alerta: “Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto.” (Marcos 4:22). O Senhor trará luz sobre essas negociações obscuras, e cabe a nós, como cidadãos e cristãos, discernir e denunciar as injustiças.
Um detalhe revelador é que a eleição para o TCU será realizada por voto secreto. Isso significa que os parlamentares terão liberdade para decidir sem prestar contas ao povo. O voto secreto sempre foi uma ferramenta usada para proteger aqueles que não desejam se comprometer publicamente com suas decisões. Mas o que a Bíblia nos ensina sobre isso? “Quem anda em integridade anda seguro, mas quem segue veredas tortuosas será descoberto.” (Provérbios 10:9). Quem age com integridade não precisa temer a transparência.
A tentativa de antecipar a eleição para 2025, visando evitar a polarização política de 2026, também evidencia o temor dos petistas de sofrerem uma nova derrota. É notório que a esquerda tem perdido terreno, e eles sabem que, se esperarem mais tempo, a resistência será ainda maior. No entanto, como cristãos, sabemos que aqueles que confiam no Senhor não temem o tempo ou as circunstâncias: “Porque Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.” (2 Timóteo 1:7).
Diante desse cenário, é fundamental que não nos deixemos enganar por discursos de moderação ou promessas vazias. O que está em jogo não é apenas uma vaga no TCU, mas a integridade do país. Precisamos orar por nossa nação e agir com sabedoria, escolhendo líderes que realmente tenham compromisso com a verdade e a justiça. Como disse o profeta Miquéias: “Ele te mostrou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, ames a misericórdia e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:8).
O Brasil precisa de governantes e representantes que não vendam suas convicções em troca de favores políticos. Mais do que nunca, devemos lembrar que nossa esperança não está nos homens, mas em Deus. Como bem afirmou o salmista: “Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus.” (Salmos 20:7).
Que esta carta sirva de alerta para todos aqueles que ainda acreditam que a política pode ser conduzida com valores cristãos e princípios morais inegociáveis. Que o Senhor nos conceda discernimento para identificar os lobos em pele de cordeiro e coragem para enfrentá-los.
Que Deus abençoe o Brasil e ilumine o caminho de todos aqueles que desejam um futuro de justiça e retidão para nossa nação.
Com informações Folha de S.Paulo