
Amados leitores do Cartas Gospel,
Vivemos tempos de grande turbulência, em que as nações se erguem umas contra as outras, e os conflitos geopolíticos se intensificam. Como cristãos, não podemos nos omitir diante dos eventos que moldam o mundo, pois tudo o que ocorre está sob a soberania de Deus. “E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim” (Mateus 24:6). Diante da recente aliança militar entre Filipinas e Japão, impulsionada pela crescente ameaça da China, precisamos refletir sobre o que isso significa para o cenário global e, mais importante, para a Igreja do Senhor.
O ambiente de segurança no Pacífico se tornou uma arena de disputas territoriais e de poder. As Filipinas, um país de tradição cristã, se veem diante de uma ameaça crescente vinda da China, que, com sua ideologia comunista e sua hostilidade à fé cristã, busca impor sua supremacia. O Japão, por sua vez, embora tenha uma população majoritariamente secularizada, compreende que a segurança de sua nação depende de alianças estratégicas.
“Bem-aventada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo ao qual escolheu para sua herança” (Salmos 33:12). Infelizmente, a China rejeitou a fé e se entregou ao materialismo e ao autoritarismo, perseguindo cristãos e destruindo igrejas. Seu avanço geopolítico é um reflexo de seu desejo de domínio sobre as nações, mas sabemos que o Senhor reina sobre todas as coisas. Enquanto a China busca expandir sua influência através do medo e da coerção, os cristãos são chamados a resistir com oração e firmeza na fé. “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” (Isaías 41:10).
Os ministros da Defesa das Filipinas e do Japão entenderam que, diante dessa crescente instabilidade, seria necessário fortalecer sua cooperação em defesa. Embora a política internacional pareça ser um jogo de interesses, não podemos ignorar que os destinos das nações estão nas mãos de Deus. O próprio povo de Israel enfrentou inúmeras ameaças ao longo da história e, sempre que confiou no Senhor, encontrou livramento. “Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus” (Salmos 20:7).
É interessante notar que as Filipinas, um dos poucos países asiáticos de maioria cristã, buscam alianças estratégicas para garantir sua soberania. Não é coincidência que elas tenham se aproximado dos Estados Unidos e de outros países ocidentais. Embora o Ocidente tenha se afastado dos princípios cristãos, ainda há valores fundamentais que os diferenciam dos regimes autoritários. A liberdade, inclusive a liberdade religiosa, é um princípio que deve ser preservado. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32).
As Filipinas e o Japão têm se aproximado cada vez mais dos Estados Unidos e da Austrália, formando um bloco que visa conter a expansão chinesa. Para o cristão atento às profecias bíblicas, esse cenário nos lembra os princípios bíblicos de defesa e alianças. No Antigo Testamento, Israel frequentemente buscava alianças com outras nações para se proteger de seus inimigos. No entanto, sempre que colocava sua confiança exclusivamente em alianças humanas, sem buscar primeiro a direção de Deus, sofria as consequências. O verdadeiro refúgio das nações está no Senhor. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Salmos 127:1).
O aumento da cooperação militar entre Filipinas e Japão é um reflexo da necessidade de preparação para tempos difíceis. No entanto, não devemos esquecer que a verdadeira batalha é espiritual. Enquanto nações se preparam militarmente, nós, como cristãos, devemos fortalecer nosso espírito em oração, jejum e estudo da Palavra. “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Efésios 6:11).
A China, ao longo dos anos, tem mostrado uma hostilidade crescente ao cristianismo, censurando a Palavra de Deus e perseguindo igrejas subterrâneas. Seu avanço não é apenas territorial, mas também espiritual. Seu regime busca substituir a fé em Deus pela lealdade absoluta ao Estado. Nesse sentido, a luta entre Filipinas e China não é apenas uma questão geopolítica, mas também uma batalha entre a liberdade e a opressão, entre a verdade e a mentira.
Diante desses eventos, nós, cristãos, devemos nos perguntar: estamos preparados? Sabemos que as Escrituras nos alertam sobre os tempos difíceis que virão. “Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos em vários lugares” (Mateus 24:7). Mas também sabemos que aqueles que confiam no Senhor jamais serão abalados. “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?” (Salmos 27:1).
Que possamos, portanto, permanecer vigilantes, orando por nossos irmãos nas Filipinas e em outras partes do mundo onde a fé é ameaçada. Que possamos confiar não nas alianças terrenas, mas na soberania de Deus, que governa sobre todas as nações. E que possamos lembrar que, independentemente das guerras e rumores de guerras, Cristo é nosso verdadeiro refúgio. “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis tribulações, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33).
Que Deus nos fortaleça e nos guarde.
Com amor em Cristo,
Com informações DW