Amados irmãos,
Que a paz do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo esteja sobre todos vocês, hoje e sempre.
Escrevo esta carta com o coração inflamado, não pela indignação que tantas vezes nos consome neste mundo caído, mas por uma esperança viva e inegociável, nascida do mover inconfundível do Espírito Santo entre os nossos jovens, bem no meio do que muitos já haviam rotulado como território hostil à fé cristã: as universidades públicas do Brasil. Sim, você leu corretamente. Os mesmos espaços que, por tanto tempo, pareciam servir como altares para ideologias contrárias ao Evangelho estão sendo tomados por louvores e lágrimas de conversão. E é com profunda gratidão a Deus que compartilho com você esta notícia – não apenas como um relato, mas como um testemunho profético de avivamento.
No dia 31 de maio de 2025, o jornalista Gabriel Sestrem, em artigo publicado na Gazeta do Povo, nos brindou com um retrato tocante e impactante daquilo que só pode ser descrito como um sopro de Deus nos corredores universitários. Jovens cheios do Espírito, organizados pela missão Aviva, estão promovendo cultos dentro das universidades federais e estaduais. Isso mesmo: USP, UFRJ, UFMG, UnB, UFG – todas elas, instituições onde por décadas a fé foi ridicularizada, agora ecoam com a voz daqueles que não se envergonham do Evangelho de Cristo.
E como é belo ver isso acontecer, irmãos! O que começou com um microfone e uma caixa de som numa praça em frente ao campus da Universidade Federal de Goiás, se tornou um movimento com milhares de jovens, instrumentos, luzes e acima de tudo, fome da Palavra de Deus. O que os une? A certeza de que Cristo ainda transforma vidas e que nenhum território está perdido enquanto houver um justo clamando ao Senhor.
Permita-me ser enfático: este é o nosso tempo. O Senhor está levantando uma geração que não se curva diante de ídolos acadêmicos, que não se vende aos discursos progressistas travestidos de intelectualidade. Está nascendo no Brasil uma juventude que recusa a lógica do “cristianismo domesticado”, aquele que se esconde, que se adapta, que pede desculpas por existir. Eles estão indo às universidades e dizendo: “Jesus Cristo é o Senhor, mesmo aqui!”.
E não se trata de um movimento isolado, de jovens sem direção. O nome por trás da organização Aviva é o do irmão Lucas Teodoro, um jovem de apenas 22 anos, com mais de um milhão de seguidores nas redes sociais. Mas sua influência não se mede em números, e sim no impacto espiritual que ele e seus irmãos de fé estão causando. Eles não promovem apenas encontros, mas impactos de avivamento – e isso, meus irmãos, é exatamente o que o Brasil precisa.
Fomos doutrinados durante décadas a temer a universidade. Quantas vezes você ouviu que “ali é cemitério de fé”, que nossos filhos “se perdem” quando entram nesse ambiente. Mas agora, pela graça e soberania de Deus, vemos o oposto acontecer. Jovens se encontram nesses campos de batalha espiritual e, em vez de se renderem, se levantam. Cantam. Pregam. Se unem. Convertem colegas. Professores. E até padres se sentem atraídos para assistir e apoiar o movimento.
Isso mesmo: católicos, evangélicos, protestantes tradicionais e pentecostais – todos juntos, unidos pelo nome de Jesus. Essa união, longe de qualquer ecumenismo rasteiro, é movida por uma certeza inabalável: o Evangelho ainda é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. E mesmo em tempos de relativismo e hostilidade, o poder do Espírito não está limitado às quatro paredes da igreja local. Deus está visitando os espaços públicos. E as universidades, antes templos de idolatria humanista, estão se transformando em altares vivos de adoração ao Cordeiro.
Não houve hostilidade. Não houve ataques. Sabe por quê? Porque onde há verdade, há autoridade. Onde há luz, as trevas recuam. E o respeito que esses jovens estão conquistando – inclusive de professores e líderes universitários – não vem de acordos institucionais ou militância política, mas da presença manifesta de Deus em seus cultos, simples, organizados e espiritualmente potentes.
O professor Gilberto Araújo, da Universidade de Brasília, é um exemplo vívido disso. Ele não é apenas um educador, mas também pastor e fundador do movimento Fire Universitário, que já impactou mais de 80 mil estudantes com núcleos de discipulado dentro dos próprios campi. Ele afirma, com propriedade: “As universidades não são cemitérios de cristãos. São os maiores campos missionários da contemporaneidade.” E quem somos nós para duvidar? O Senhor está derramando chuva de avivamento sobre esses campos.
E não pense que tudo isso acontece sem esforço ou perseguições invisíveis. Esses jovens enfrentam ambientes contaminados por drogas, ideologias destrutivas e desrespeito à autoridade dos pais e da família. Muitos de seus colegas estão perdidos em filosofias sem Deus, alienados do próprio senso de propósito. Mas quando ouvem o som de uma adoração verdadeira, algo dentro deles acorda. E então, ao invés de zombarem, eles choram. Se ajoelham. Se rendem.
Queridos irmãos, não podemos mais nos calar. Não é mais tempo de omissão. É tempo de celebrar e apoiar essa geração de missionários urbanos, que entende que a batalha espiritual não se trava apenas nos cultos de domingo, mas também na sala de aula, no corredor da universidade, no intervalo da aula de filosofia ou na praça do campus.
Este é um chamado. Um despertamento. E ouso dizer: um grito de alerta para a igreja brasileira. Estamos vendo uma faísca acender. Se alimentarmos esse fogo com oração, jejum, apoio e cobertura espiritual, veremos um avivamento nacional entre os jovens como não se via desde os dias das cruzadas evangelísticas que marcaram décadas passadas.
A grande verdade é que o que esses jovens fazem é simples, mas poderoso: obedecem. Obedecem ao chamado de Jesus em Marcos 16:15 – “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” Eles não esperam uma autorização celestial especial, nem a bênção de uma denominação, nem um projeto aprovado. Eles apenas vão. E enquanto eles vão, os céus se abrem. E onde os céus se abrem, vidas são transformadas.
A você, leitor fiel do Cartas Gospel, eu peço: não fique indiferente. Ore por eles. Compartilhe essa boa nova. Incentive seus filhos, netos, sobrinhos a se unirem a esse movimento. Financie, se puder, com amor e sabedoria. Visite esses encontros. Leve sua igreja a orar especificamente pelas universidades do Brasil.
Imagine, irmão, o que será do nosso país se essa geração não for vencida pelo marxismo cultural, mas for incendiada pelo Espírito Santo! Imagine nossos futuros médicos, advogados, engenheiros, filósofos, jornalistas e professores formados não apenas com diplomas, mas com caráter moldado pela Palavra de Deus. Não é apenas uma possibilidade. É uma promessa. E ela já começou a se cumprir.
Os campos estão brancos. Os obreiros são jovens. A ceifa está próxima. Não desperdicemos este tempo. Deus está escrevendo uma nova página na história do Brasil – e está escrevendo com as mãos de jovens crentes, em plena universidade pública.
Que o Senhor nos encontre fiéis, atentos, orando, e jamais omissos.
Em Cristo Jesus, com amor, zelo e ousadia conservadora,
Leandro G. Veras
Editor, Cartas Gospel
