Amado(a) em Cristo,
Escrevo-lhe com o coração compungido diante das notícias que nos chegam de Mianmar. Um terremoto de magnitude 7,7 sacudiu a região, deixando um rastro de destruição e dor. Prédios desabaram em Mandalay, a junta militar declarou estado de emergência, e em Bangkok, os danos foram tamanhos que a capital tailandesa foi considerada uma zona de desastre.
Diante de tal tragédia, nossas mentes podem se inquietar com perguntas difíceis: Por quê? Onde está Deus em meio a tanto sofrimento? Como conciliar a soberania divina com tamanha catástrofe? São questões lícitas, humanas, que o próprio Cristo compreende.
Contudo, ao invés de buscarmos apenas respostas, talvez devamos contemplar o chamado que ecoa nesses momentos de crise. Em João 14:23, Jesus afirma: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”. Perceba, amado(a), a profundidade dessa promessa: em meio ao caos, é o amor e a obediência a Cristo que nos torna morada de Deus.
Quando vêmos as cenas de destruição, as multidões correndo em desespero e a poeira tomando os ares de Bangkok, somos confrontados com a fragilidade da vida terrena. Prédios, mercados financeiros e até sistemas de governo, tudo aquilo em que muitos depositam sua segurança, pode ruir em poucos segundos. Mas a Palavra do Senhor permanece firme e inabalável.
O terremoto em Mianmar não é um evento isolado. Lembre-se das palavras de Cristo em Mateus 24:7: “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes e pestes, e terremotos, em vários lugares”. Tais acontecimentos são sinais dos tempos, lembretes sóbrios de que este mundo está sob juízo e a volta do Senhor é iminente.
Entretanto, em meio a essa realidade, Cristo não nos chama à paralisia do medo, mas à ativa expressão do amor. O apóstolo Paulo nos exorta em Gálatas 6:10: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé”. O terremoto em Mianmar é uma oportunidade para a Igreja de Cristo manifestar seu compromisso com a Palavra ao oferecer ajuda prática e interceder fervorosamente pelos aflitos.
Curiosamente, a reação humana à catástrofe revela algo profundo sobre o coração do homem. Enquanto as autoridades correm para gerenciar a crise, empresas como Nissan e Honda suspenderam suas operações na Tailândia. Já a ONU mobiliza fundos de emergência. Todos se movem diante do caos, mas quantos se dobram diante do Senhor em arrependimento? Quantos reconhecem que, sem Cristo, a segurança é apenas uma ilusão passageira?
Amado(a), a nossa esperança não reside em estruturas humanas, mas na Rocha Eterna. Como escreveu o salmista em Salmos 46:1-2: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Portanto, não temeremos ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares”.
Ao olharmos para as ruínas em Mianmar, que essa visão nos lembre de que a verdadeira morada de Deus não é feita de tijolos ou cimento, mas de corações rendidos a Cristo. Essa é a promessa de João 14:23: Se O amarmos e obedecermos, o Pai e o Filho farão em nós Sua morada. E que segurança maior pode haver do que ser habitado pelo Deus Todo-Poderoso?
Por isso, não nos deixemos abater pelas notícias, mas ergamos os olhos ao Senhor. Que cada tremor da terra nos lembre de que o Rei está às portas. Atendamos ao chamado de Cristo: amemo-Lo em obediência, socorramos os aflitos e proclamemos a esperança que não se abala.
Com amor em Cristo,
Com informações Reuters
